A SAÚDE PELO CLIMA

O Desafio A Saúde pelo Clima é uma campanha internacional coordenada pela Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis, que visa mobilizar organizações de saúde ao redor do mundo a tomar medidas concretas contra as mudanças do clima e em defesa da saúde pública ambiental. O HC de Botucatu aderiu a este Desafio em 2015 e desde então, como todas as outras instituições participantes desta rede, precisa:
– Se comprometer em reduzir suas emissões de gases do efeito estufa e estabelecer metas de redução das emissões destes gases para o ano de 2020 em 30%;
– Compartilhar dados do progresso na gestão de suas emissões ao longo do tempo.

Para realizar o cálculo das emissões de GEE é utilizada uma ferramenta, que é uma planilha de Excel elaborada pelo Programa Brasileiro GHG Protocol, iniciativa do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces), com o objetivo de conhecer e mensurar as emissões de GEE de organizações dos mais diversos setores. Essa planilha é classificada em três escopos:

Devido à relevância deste assunto, foi criada em 2019 uma Comissão de Gases de Efeito Estufa e demais gases do HCFMB, para elaborar estratégias que visem controlar e diminuir as emissões de GEE no HC de Botucatu, em especial o óxido nitroso. Mais informações sobre o desafio Saúde pelo Clima podem ser obtidas clicando aqui!

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DESAFIO RESÍDUOS

O Desafio Resíduo é uma iniciativa da Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis e da organização internacional Saúde Sem Dano, e é conduzido no Brasil pelo Projeto Hospitais Saudáveis.

O Desafio Resíduo tem como principais metas mobilizar o setor saúde brasileiro para aprimorar suas práticas de gestão, reduzindo a geração total de resíduos, ampliando a reciclagem dos resíduos que não puderem ser evitados e reduzindo a proporção de resíduos perigosos que necessitam tratamento especial, por meio do aprimoramento, seguro e racional, das práticas de segregação.

Trata-se, sem dúvida, de um grande desafio para todos os portes e tipos de organizações de saúde, envolvendo esforços de todos os trabalhadores, profissionais e gestores, bem como o alinhamento de estratégias e o empenho de recursos operacionais, financeiros e de conhecimento.

Sabemos que o bom gerenciamento dos RSS pode conciliar redução de custos com benefícios ambientais, sanitários e de segurança para o trabalhador e o paciente. Esperamos que o Desafio Resíduo seja um importante catalizador de melhorias e uma ferramenta útil às organizações de saúde brasileiras. O HCFMB aderiu a este Desafio em 2016.


Mais informações sobre o Desafio resíduos podem ser obtidas clicando aqui!
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PAPAPILHAS

A contaminação do solo e lençóis freáticos são algumas consequências do descarte incorreto de pilhas e baterias usadas. Algumas destas são compostas de metais pesados (como o chumbo, mercúrio, níquel e cádmio), que são capazes de causar doenças renais, cânceres e problemas relacionados no sistema nervoso central.

O descarte inapropriado faz com que as pilhas fiquem expostas para sofrer deformações em suas cápsulas, acarretando no vazamento do lixo tóxico composto em seu interior. O líquido presente no interior dos dispositivos se trata de um produto não biodegradável e sem decomposição, que ocasiona a contaminação quando é despejado sob o solo, lençol freático, rios e o percurso d’água, sendo prejudicial à hidrografia e à agricultura, o que causa danos irreparáveis no meio ambiente e plantações.

Na saúde humana, a contaminação que o contato com esses materiais gera, são no desenvolvimento de graves e sérias doenças. Dentre elas, estão diversas mutações genéticas, problemas em todo o sistema nevoso central e, se não for detectado rapidamente, a contaminação pode levar até o câncer.

A UESS implantou nas dependências do HC desde 2018 a campanha do Papapilhas (latas identificadas para a correta coleta de pilhas e baterias) nos diversos setores do HC. O material coletado é encaminhado para a Secretaria do Verde, para a correta destinação, para uma empresa certificada (programa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – Abinee) que consegue reciclar quase 95% dos materiais das pilhas e baterias.

Quantidade de pilhas recolhidas e encaminhadas para Secretaria do Verde:

Veja a animação produzida pelo NEAD FMB sobre o tema!

Para a continuidade do Projeto, é preciso que todos colaborem descartando suas pilhas e baterias usadas nos Papapilhas espalhados pelo HC, não colocando nestes potes outros materiais, como lixo, clipes, etc. Faça a sua parte!

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COMPOSTAGEM COM RESÍDUO DE ALIMENTOS DA COZINHA DO HC E FEIRA

Todo o resíduo de alimento da Cozinha do HC (em torno de 75 Kg por dia e 27.422,74 Kg no ano de 2019) foi destinado a agricultores que utilizam este resíduo para compostagem e produção de alimentos orgânicos.

O objetivo deste projeto é buscar a sustentabilidade sócio-ambiental, por meio de incentivo ao consumo de alimentos agroecológicos livres de agrotóxicos e produzidos por agricultores familiares locais. Desde 2014, o HC já enviou para compostagem 154,43 toneladas de resíduos orgânicos, que deixaram de ir para o aterro sanitário.

Barracas do projeto “É dia de feira no Campus da Unesp” – Foto: Tadeu Carvalho / FMB

Todos os meses, ocorre, no gramado da Biblioteca do Campus, o projeto “É Dia de Feira do Campus da Unesp” (confira o vídeo clicando aqui), com mais de 15 agricultores vendendo alimentos e produtos orgânicos. A feira é uma estratégia de promoção e incentivo à segurança e soberania alimentar para funcionários, alunos, pacientes e de quem visita o campus. Além disso, permite a aproximação de pequenos produtores e consumidores, reduz intermediários na cadeia de consumo, estimula a continuidade da produção e garante o acesso a alimentos com preços mais justos.

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BOLSAS PARA SEMINÁRIOS/CONGRESSOS E OUTROS PRODUTOS FEITOS COM TECIDO TNT / RESÍDUO DO CENTRO CIRÚRGICO (PARCERIA COM A OFICINA TERAPÊUTICA ESTAÇÃO GIRASSOL)

Desde 1998, a Oficina Terapêutica Estação Girassol, serviço público de saúde mental vinculado ao CAIS Professor Cantídio (SES-SP), integra a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) regional, oferecendo oficinas terapêuticas para cerca de 100 usuários adultos com transtornos mentais, com vistas à reabilitação psicossocial.

Atualmente, quinze profissionais (psicólogo, terapeutas ocupacionais e monitoras) trabalham na instituição para organizar e oferecer cinco modalidades de oficinas: oficinas expressivas (destinadas a expressão subjetiva, como dança, arte terapia e música), oficina de alfabetização, oficinas de saúde e bem estar (voltadas para nutrição, uso de plantas medicinais e relaxamento), oficinas de lazer e cultura (festas e passeios) e oficinas de geração de renda (produção de horta e artesanato, cuja comercialização é realizada pelos próprios usuários).

As oficinas de geração de renda compõem as estratégias de reabilitação psicossocial previstas na Portaria 3.088, que institui a RAPS e objetivam o protagonismo para o exercício dos direitos de cidadania de usuários e familiares da rede de saúde mental, por meio da criação e desenvolvimento de iniciativas articuladas com os recursos do território. É importante ressaltar que as estratégias de reabilitação psicossocial e de protagonismo não se restringem a um ponto de atenção ou ações isoladas, mas envolvem a criação de novos campos de negociação e formas de sociabilidade, como a organização de feiras, espaços de comercialização e de exercício da contratualidade.

Dentre as oficinas de geração de renda, a oficina de costura realiza desde 2018 um projeto em parceria com a UESS do HCFMB, produzindo bolsas para Congressos com um tecido não tecido (TNT), entre outros materiais, utilizando embalagens de material cirúrgico que, antes, eram descartadas pelo Centro Cirúrgico do Hospital.

Em 2019, foram produzidas 750 bolsas, que atenderam a demanda de diversos eventos científico-acadêmicos organizados pelo Departamento de Gestão de Atividades Acadêmicas  (DGAA) do HC, e beneficiando diretamente 8 costureiras usuárias da Oficina Terapêutica Estação Girassol e, de forma indireta, todos os outros usuários das oficinas de geração de renda, pois 50% do valor de qualquer encomenda é distribuído como Bolsa Oficina, de acordo com a frequência e envolvimento nas atividades.

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SEMANA DO MEIO AMBIENTE E SAÚDE

Desde 2016, a UESS em parceria com a Comissão de Ética Ambiental (CEA) da FMB realizam e promovem a Semana do Meio Ambiente, em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente, celebrado em 5 de Junho. Durante a Semana, há debates e oficinas sobre os seguintes assuntos: mudanças climáticas, resíduos sólidos, energia limpa, alimentação sustentável, dentre outros. O objetivo é conscientizar a comunidade unespiana sobre a importância da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente, a fim de promover mais saúde e qualidade de vida para as pessoas.