Você conhece os tipos mais comuns de golpes online?

Imagem ilustrativa / Freepik

A partir da promulgação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, o HCFMB apresenta a nova temporada do quadro LGPDicas, com a participação do Encarregado de Dados – DPO no âmbito do HCFMB e Diretor do Departamento de Infraestrutura, Marcelo Roberto Martins. Este texto conta também com a colaboração da servidora Alice Rogatto e Silva.

Marcelo Roberto Martins, Encarregado de Dados (DPO) do HCFMB, e Alice Rogatto e Silva, colaboradora do LGPDicas

Hoje em dia, são cada vez mais comuns os casos de golpes aplicados na internet pelos chamados “cybercriminosos”. Com o avanço da tecnologia, esses golpes são aplicados de formas diferentes, como por emails, redes sociais, ligações telefônicas, entre outras. Neste artigo, elencamos algumas das formas mais comuns de golpes, juntamente com algumas medidas de segurança e dicas de prevenção:

1. Roubo de identidade: é quando o criminoso finge ser outra pessoa, muitas vezes para obter vantagens ilícitas, como dinheiro. Esse crime pode causar um impacto significativo à vítima, que pode não só sofrer financeiramente com o golpe, mas também ter sua reputação abalada. Como o processo de reverter os danos causados por golpes desse tipo pode ser demorado, para prevenir um incidente como esse é recomendado que o acesso à suas contas pessoais, como conta bancária e mídias sociais, seja bem protegido com senhas fortes (com vários caracteres – letras, números, símbolos, etc) e a mesma não seja compartilhada. Um importante instrumento utilizado no HCFMB é o prontuário eletrônico do paciente, acessado por meio de senha que deve ser de uso individual e bem protegida;

2. Antecipação de recursos: é quando o golpista solicita um pagamento adiantado ou pede informações da vítima com a promessa de um benefício em troca, que nunca é dado. Casos como esses ocorrem, por exemplo, quando golpistas passam-se por médicos de um hospital e solicitam pagamento adiantado para realizar um procedimento ou exame em pacientes internados. Especificamente no HCFMB, devemos lembrar sempre que a instituição não cobra pelos serviços de assistência à saúde dos pacientes aqui atendidos. Assim sendo, recomendamos que, quando receber mensagens ou telefonemas com solicitações suspeitas, verifique a autenticidade do pedido e a identidade de quem fez a solicitação;

3. Phishing: a forma mais comum desse golpe é por email, onde por meio de mensagens, o golpista passa-se por uma pessoa ou organização confiável e bem conhecida, como um banco, hospital ou órgão governamental. Ao abrir a mensagem, a vítima pode ser direcionada a um site “fake” (semelhante ao verdadeiro) e, neste momento, são solicitados dados pessoais, inclusive senha, e todas as informações são direcionadas ao golpista sem que a vítima perceba o golpe.
Pode ocorrer também que, quando se abre uma mensagem deste tipo, ocorra a instalação de um programa malicioso no equipamento, ficando assim sua funcionalidade comprometida bem como seus dados pessoais.
Para se prevenir, recomendamos que desconfiem de sites que possuam algum erro em seu nome, não abra mensagens de destinatários desconhecidos e desconfie sempre de mensagens que solicitam usuário, senha, número de conta, etc. Uma dica para descobrir a veracidade de um site é utilizar informações de login erradas, pois, em sites falsos, não tem como verificar se a senha está correta ou não.

4. Golpes do WhatsApp: existem alguns tipos diferentes de golpes envolvendo o aplicativo. Por exemplo, para o golpe de clonagem do WhatsApp, o golpista, muitas vezes, obtém o número de celular da vítima em algum anúncio online. Em seguida, o criminoso finge pertencer a alguma empresa, e entra em contato com a vítima pedindo um código de verificação, o qual é usado para ativar o WhatsApp da mesma. Tendo controle da conta, o criminoso manda mensagem para seus contatos, pedindo dinheiro. Uma medida fundamental para se proteger de golpes do WhatsApp é habilitar a verificação de duas etapas do aplicativo, pois mesmo com o código de verificação, o golpista não conseguirá acessar o aplicativo devido ao código personalizado, definido pelo dono do celular. Ademais, recomendamos que jamais sejam compartilhados os códigos de verificação e, caso algum conhecido entre em contato pedindo dinheiro, que verifique a autenticidade do pedido.

Por fim, é importante que sempre estejamos atentos pois cada vez mais os golpes se sofisticam e tornam-se assim mais difíceis de serem notados. Especialmente no ambiente de trabalho, evite deixar seu computador ligado quando estiver longe de sua sala sem bloqueá-lo; evite deixar a tela aberta com informações que possam ser usadas por outros de forma indevida; tenha cuidado com lixos, rascunhos e anotações em sua mesa de trabalho que possam fornecer informações sobre você ou de terceiros, especialmente o prontuário do paciente, pois nunca podemos saber os perigos que podem estar à espreita.

Você conhece algum outro golpe não mencionado neste artigo? Envie um email para lgpd_encarregado.hcfmb@unesp.br.