ESPECIALIDADES

Embora relativamente recente ao ser comparada com outras áreas da medicina, a Neurologia Infantil possui história própria, área de atuação específica e um conteúdo programático de ensino bem definido, além de reconhecimento internacional, por meio da ampliação do número de periódicos e eventos científicos, como Congressos e Simpósios – específicos de Neurologia Pediátrica – de âmbito mundial, inclusive com a evolução de subáreas como a epilepsia e a cefaliatria infantil.

Historicamente, a Faculdade de Medicina da UNESP de Botucatu foi uma das primeiras a ter a neurologia infantil como disciplina independente. Isso ocorreu devido ao fato de aqui ter se estabelecido como docente a Dra. Terezinha de C. B. Montelli, com formação e atuação em neurologia pediátrica.

A disciplina ganhou grande impulso com a chegada da Dr.ª Áurea Nogueira de Melo, principalmente em relação à epilepsia e eletroencefalograma (EEG). Graças a isso, o serviço de neuropediatria tem a característica peculiar de possibilitar ao residente uma formação em EEG desde o início da residência, sempre com uma visão de correlação clínica com esse importante exame subsidiário.

Em 1996, a Dr.ª Niura Aparecida de Moura Ribeiro Padula assumiu a chefia e, desde então, a disciplina tem a filosofia de ensino de fornecer ao residente/graduando uma visão inter/transdisciplinar da criança e adolescente com problemas neurológicos, além de uma visão relacionada à medicina e espiritualidade, sempre com foco na assistência integral ao paciente e sua família e na saúde em seu significado de bem-estar mais amplo, tanto dos pacientes quanto das equipes que os assistem.

No corpo docente da disciplina, é importante salientar a contribuição da Dr.ª Marcia Maria Ferreira Lima, falecida há alguns anos, principalmente em relação à graduação e aos serviços de neuromuscular e cefaleia infantil.

De 2002 até 2013, o Ambulatório de Desvios da Aprendizagem contou com a presença da Dra. Simone Aparecida Capellini, fonoaudióloga livre-docente da UNESP de Marília que, em conjunto com seus doutorandos e mestrandos, muito contribuiu para com a construção do atendimento ambulatorial, formação dos residentes e assistência aos pacientes.