O sonho de tornar o LBA possível começou há muitos anos atrás quando o Dr. Paulo Eduardo de Abreu Machado vislumbrou que os Laboratórios de Engenharia Celular, Biologia Molecular e Citometria de Fluxo que formavam o setor de Biotecnologia do então Hemocentro do HCFMB estavam crescendo e precisando de ampliação da área física. Foi então que o Dr. Paulo Machado, a Dra. Maria Inês Pardini e a Dra. Elenice Deffune sempre ao lado da incansável Rita de Cássia Alvarado captaram recursos associados à grandes projetos de Pesquisa, como o Projeto Humano do Câncer, o Transcript Finishing Initiation, o Projeto Genoma Vírus, dentre outros. Juntos estes três sonhadores conseguiram captar R$ 7 milhões de reais e cerca de seiscentos mil dólares para a ampliação da área física e começaram a plantar a sementinha do sonho hoje denominado LBA. Mesmo com todo o esforço destes três sonhadores e a movimentação de uma série de pessoas trazidas por eles durante os anos que se seguiram, ainda faltava organizar a estrutura administrativa. Dr. Paulo sempre dizia “não precisamos reinventar a roda” e foi diante de seu conselho que os Profs. Matheus Bertanha, Rejane Maria Tommasini Grotto e Rita de Cássia Alvarado foram até São Paulo visitar e entender melhor como funcionava um Laboratório de Investigação Médica da Universidade de São Paulo. De volta a Botucatu, nessa fase com muita orientação e apoio do Prof. Pasqual Barretti na época diretor da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) apresentamos o primeiro rascunho do que no futuro seria o LBA. Foi no dia 19 de Junho de 2018 que a primeira proposta formal foi apresentada ao HCFMB e para a Direção da FMB, que consistia na criação do que na época chamávamos de LPA-Biotec que congregava pesquisa, ensino e assistência com a melhor estrutura disponível dentro do HCFMB. A proposta envolvia criação de um Centro de Terapia Celular para fornecer terapia celular como ferramenta no arsenal terapêutico dos pacientes, fornecer diagnóstico molecular para as demandas do HCFMB além dos exames já fornecidos que envolviam carga viral do HIV, HCV e HBV, diagnóstico molecular do ZIKV, diagnóstico por citometria de fluxo de contagem de células TCD4 e detecção de células no transplante e nas imunodeficiências primárias e atender novas demandas. Além disso, praticar a pesquisa translacional vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Pesquisa e Desenvolvimento (Biotecnologia Médica) que neste momento já era considerado de excelência pela CAPES tendo recém aprovado o Doutorado Profissional, um desafio na pesquisa e ensino. Assim, o então denominado LPA-Biotec que se tornaria LBA ainda funcionaria de área para ensino e pesquisa do recém- criado Curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, vigorando inclusive no respectivo PPP. Neste cenário, veio a pandemia da COVID-19 e a estrutura dos laboratórios, hoje denominados LBA, se destacou mostrando a que veio. Em aproximadamente uma semana o teste diagnóstico para COVID-19 estava padronizado e pronto para ser utilizado, mostramos que poderíamos responder rapidamente a uma demanda necessária e urgente. Então, no início de 2020 surge oficialmente o Laboratório de Biotecnologia Aplicada do HCFMB, graças a esforços imensuráveis da superintendência do HC e da Diretoria da Faculdade de Medicina de Botucatu.
Hoje, o sonho é realidade e o LBA está aí, crescendo dia após dia por meio de encalços e desafios, constituindo um espaço de assistência, ensino e pesquisa de ponta para Botucatu e o Estado de São Paulo.